14/12/2015

A primeira vez a gente nunca esquece #3

Nesse post contarei um pouco sobre a primeira vez que vi neve.

Faz muito tempo que criei um rascunho para esse post e por acaso, destino ou outra grande força que atua sobre minha vida, como a enorme preguiça que tenho por exemplo, adiei para terminá-lo e agora fica tudo um pouco mais complicado, afinal comecei ele há 4 meses. Não sei se devo chamar de preguiça ou indisposição, mas agora que estou de férias e o blog voltará a ter postagens, talvez eu escreva um pouco sobre esse semestre de pura loucura.
-x-
Para o terceiro dia no Chile, nós planejamos ir ao Vale Nevado. A previsão para aquele dia era de chuva em Santiago, o que supostamente significava neve no topo dos Andes. Eu não sei se quem nos ajudou foi Zeus, São Pedro, Ororo Munroe ou qualquer outro detentor de poderes sobre o clima, mas eu tenho que agradecê-lo.

Subindo as não tão suaves 60 curvas para o topo, já nos deparamos com a visão de um pico branco, que para nós foi um alívio, uma certeza que o Vale realmente estaria nevado.



A gente viu a neve, viu um riachinho de degelo (que tinha uma cor impressionantemente azul) e tudo só aumentava a nossa ansiedade de tocar na neve e fazer tudo aquilo que, desde criança, a gente tem vontade por ter assistido todas as referências internacionais a esse estado especial dessa molécula tão fundamental para nós. Começamos a realizar esses desejos e voltar a ser criança logo no momento que tivemos que parar para colocar as correntes nos pneus, para conseguir andar na neve.

Eu devia já estar jogando a décima bola de neve na minha irmã quando voltamos para o carro e continuamos a subida. No topo tudo era extremamente branco e, não fosse pelo tempo fechado seria impossível ficar sem óculos escuros. Como acabara de começar a nevar, a temporada (que já estava bastante atrasada) ainda não tinha começado, portanto os teleféricos não funcionavam e não era permitido andar de ski ou snowboard. Todos se divertiam da forma que podiam.

































Primeira dica: se alguém for te acertar com um bola de neve, deixe. NÃO TENTE CORRER... Sério. Admito que falo por experiência própria; Segunda dica: se for fazer anjos de neve, certifique-se que haja bastante neve. Como havia nevado pouco, logo chegava-se a terra, estragando os anjos. Fizemos um pouco de tudo e logo reparamos em alguns que se aventuravam a descer um pequeno monte usando apenas uma sacolinha. Então a terceira dica é: Se você estiver indo pra um lugar com neve, mas não muita, leve uma boa sacolinha.

Depois começou a nevar, o que foi ainda mais mágico. A neve caindo parece tanto com bolinhas de isopor que é fácil se sentir dentro de um globo de neve. Com isso a gente pode terminar toda a lista de desejos, sentindo os floquinhos derreterem conforme eles caem na nossa boca aberta voltada para o céu. E a gente acaba percebendo que voltar a ser criança faz muito bem (não que eu já tenha deixado de ser uma, kkkk).

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